Política

O presidente Lula (PT) abriu, na manhã desta segunda-feira (18), a reunião do G20 no Rio de Janeiro. O encontro conta com chefes de estados das maiores economias do mundo, a exemplo dos presidentes Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

Ao discursar, Lula afirmou que “o mundo está pior”, ao se referir no número de conflitos armados entre países, como ocorre nas guerras entre Ucrânia e Rússia e no Oriente Médio. Para o petista, é inaceitável que a maior parte dos recursos seja destinada ao investimento em armas ao invés de combate à fome.

Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas. O símbolo máximo na nossa tragédia coletiva é a fome e a pobreza. Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá, somadas, estivessem passando fome. São mulheres, homens e crianças, cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados. Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível”, afirmou.

O presidente citou a proposta do Brasil em criar uma aliança global contra a fome. A medida, segundo o chefe do Poder Executivo, visa articular políticas públicas e fonte de financiamentos para acabar com a pobreza mundial.

Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz”, frisou.

Lula afirmou que o país acabou com o índice de fome em 2014 no Brasil, mas ao voltar ao Palácio do Planalto, em janeiro de 2023, encontrou uma parte da população brasileira com insegurança alimentar, sem ter o que comer. No discurso, Lula prometeu tirar o Brasil do mapa da fome em 2026, quando termina o terceiro mandato.

“Conseguimos sair do Mapa da Fome da FAO em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do Estado de bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. Em um ano e onze meses, o retorno desses programas já retirou mais de 24, 5 milhões de pessoas da extrema pobreza. Até 2026, novamente sairemos do Mapa da Fome”, prometeu.

Mais PB  

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