A pesquisa começou em 2019 com o objetivo de testar células-tronco reprogramadas, que são obtidas revertendo células adultas para um estágio semelhante ao embrionário. Em 2022, os cientistas começaram a implantar essas células em pacientes com lesões permanentes na medula, um quadro para o qual ainda não existe tratamento eficaz.
Quatro homens adultos participaram do estudo e receberam um implante com dois milhões de células precursoras neurais no local da lesão. A expectativa era que essas células se transformassem em neurônios e células gliais, que ajudam na recuperação dos movimentos.
Resultados iniciais da pesquisa
Entre os quatro pacientes tratados, dois apresentaram melhora. Um deles, antes sem movimentos, já consegue se levantar sozinho e treina seus primeiros passos.
Outro recuperou parte dos movimentos dos braços e pernas. Os outros dois não mostraram evolução, mas nenhum dos participantes teve efeitos adversos, o que reforça a segurança do procedimento.
Os pesquisadores consideram os resultados um avanço inédito e prometem continuar os testes para aprimorar a terapia.
Conseguimos obter resultados positivos no primeiro tratamento com células iPS para a medula espinhal no mundo", afirmou Hideyuki Okano, líder do estudo.
Diário do Nordeste