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Apesar das legislações para diminuir o uso de plásticos no cotidiano, cidadãos de várias cidades ainda não estão convencidos e seguem utilizando o material

A cada ano, o mundo produz cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos, muitos dos quais são descartados após apenas alguns minutos de uso.

À medida que se aproximam as negociações deste novembro para acordar o primeiro tratado mundial sobre poluição plástica, a AFP examina a popularidade global dos plásticos de uso único.

Como é o uso de resíduos plásticos no Rio de Janeiro

Todos os dias, vendedores percorrem as areias de algumas das mais belas praias do Rio de Janeiro, carregando recipientes de metal cheios de mate. A bebida gelada é dispensada em copos plásticos para os entusiastas do sol ao longo da orla.

Beber mate é parte da cultura do Rio de Janeiro," explica Arthur Jorge, de 47 anos, enquanto procurava clientes.

Ele reconheceu os impactos ambientais de suas pilhas de copos plásticos, em um país classificado como o quarto maior produtor de resíduos plásticos em 2019. Mas "é complicado" encontrar alternativas acessíveis, revelou à AFP.

Jorge afirmou que os vendedores de mate na praia usam plástico há tanto tempo quanto ele consegue se lembrar. Ele paga 5,50 reais por uma pilha de 20 copos e cobra dos clientes 10 reais por cada bebida.

Lixeiras ao longo das praias do Rio recebem cerca de 130 toneladas de resíduos por dia, mas o plástico não é separado, e apenas 3% dos resíduos do Brasil são reciclados anualmente.

Evelyn Talavera, de 24 anos, disse que faz o possível para limpar ao sair da praia:

Precisamos cuidar do nosso planeta, jogar o lixo fora, manter o ambiente limpo."

Os canudos de plástico foram banidos dos restaurantes e bares do Rio desde 2018, e as lojas não são mais obrigadas a oferecer sacolas plásticas gratuitas – embora muitas ainda o façam.

O Congresso também estuda uma legislação que proibiria todos os plásticos de uso único.

O Povo

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