O Sandero prata e o Outlander preto blindado onde estavam o agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) João Pedro Marquini, de 38 anos, e a juíza Tula Correa de Mello, respectivamente, se depararam com um "bonde" de bandidos na Serra da Grota Funda, Zona Oeste do Rio. Três criminosos armados atravessaram um Tiggo prata e bloquearam a via.
O crime acontece por volta das 21h deste domingo. Após verem os carros de Marquini e Tula, os bandidos anunciaram um assalto. A juíza deu ré. Quatro disparos atingiram o carro em que ela estava, mas a blindagem conteve as balas. A magistrada não viu o momento em que o policial foi baleado. Ele levou dois tiros no tórax, dois num dos braços e um numa das pernas.
Os bandidos fugiram no Tiggo. O carro foi localizado na comunidade Cesar Maia, onde a Core fez uma operação após a morte do policial.
Marquini e Tula estavam voltando da casa mãe dele, em Campo Grande. Os dois haviam ido pegar o Sandero, que estava na manutenção. Por isso seguiam em automóveis separados.
O Outlander e o Sandero foram levados para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga a morte do agente.
Hipótese além do assalto
Outra hipótese para o crime, segundo a polícia, é de que João e Tula cruzaram com um “bonde” de traficantes pela Serra da Grota Funda.
O local, desde que inauguraram o túnel Vice-Presidente da República José Alencar, é rota de fuga de criminosos. A suspeita surgiu após relatos de que um grupo do Comando Vermelho, do Cesar Maia, teria atacado rivais na comunidade de Antares, em Santa Cruz, pouco antes do assassinato do policial.
Casamento foi celebrado há pouco mais de um ano
No dia 20 de novembro do ano passado, Tula usou seu perfil no Instagram para compartilhar um texto em que desejava feliz aniversário a Pedro. Emocionada, ela lembrou os momentos passados juntos e não economizou ao falar do amor dos dois.
Tula e Pedro estavam casados desde fevereiro de 2024. Desde então, ela postava fotos do casal em viagens por diferentes países, em momentos românticos e também de aventura.
(...) todos os dias são assim contigo. Independentemente da força da tempestade que passa (tudo passa), a gente fica. Fica junto, fica feliz, fica firme. Fica apaixonado (eu por você, você por mim). Fica em paz por estar lado a lado...", diz um trecho da mensagem.
Em outro momento, a magistrada fala da família dos dois:
Amo nossa família, nossos filhos e filhas, nossos sonhos, nossos defeitos, nossos projetos, nossa vocação, nossos momentos. Amo a gente".
Ao encerrar a mensagem, Tula lembrou uma canção imortalizada por Paulinho da Viola:
Foi um rio que passou em minha vida. E meu coração se deixou levar''... por você. Ontem, hoje. Sempre, para sempre. Te amo".
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