Alunos de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) de Chapecó, em Santa Catarina, denunciaram a presidente da comissão de formatura por gastar parte do valor da festa em apostas on-line. Segundo o g1, a quantia é de mais de R$ 76 mil.
A revelação foi feita a menos de um mês da conclusão do curso, em janeiro deste ano, durante uma conversa no grupo de mensagens da formatura. Em prints divulgados pelos estudantes, Cláudia Roberta Pinheiro Silva, de 31 anos, lamentou com os colegas que perdeu a quantia.
Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo", diz trecho da mensagem.
Como aconteceu?
Em entrevista ao g1, Nicoli Bertoncelli Bison, uma das vítimas, contou que os colegas se juntaram durante três anos para arcar com os custos do evento. Todo o valor ficou concentrado na conta da suspeita, que, a princípio, se mostrava bastante participativa na organização.
Não havia como a gente suspeitar dela, porque ela mostrou até o último segundo que estava tudo bem. Quem ia imaginar que, em um mês, o nosso sonho ia por água abaixo? Nunca passou pela nossa cabeça", afirmou.
Os estudantes fizeram um boletim de ocorrência contra a acusada. No documento obtido pelo portal da TV Globo, é mencionado um acordo entre os formandos e a empresa responsável pela festa. O conchavo seria divido em duas etapas:
Na primeira, haveria um adiantamento de R$ 2 mil para fechar o negócio;
Na segunda, os R$ 76.992,00 restantes, justamente o valor que "desapareceu", deveria ser pago em 2024.
Sem receber os quase R$ 77 mil e sem conseguir entrar em contato com Cláudia, a empresa deu o último aviso aos estudantes, ameaçando cancelar a formatura caso a dívida não fosse paga. Foi a partir de então que eles descobriram o que estava acontecendo.
O que disse a polícia?
Procurado pelo g1, a Polícia Civil de Santa Catarina afirmou que abriu um inquérito sobre o caso e que opera com base em duas linhas de investigação: apropriaçāo indébita ou estelionato. A corporação também afirmou que tenta localizar e reaver o valor subtraído de volta aos estudantes.
Enquanto o caso tramita na Justiça, os formandos decidiram tentar fazer a festa novamente, dessa vez contanto com uma vaquinha online e ajuda de amigos e parentes pare reaver o valor.
Diário do Nordeste